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Mostra de Filmes – Portrait CN D – Centre National de la Danse

17 de janeiro de 2023

Ingressos: ENTRADA FRANCA

Portrait CN D – Filmes com extratos das obras dos coreógrafos:

 

Odile Duboc • Fluidité • 2019

Foto: Hanya Chlala

Cada coreógrafo tem suas próprias questões. Uma das questões de Odile Duboc (1941-2010) foi talvez: como fazer para circular, para nunca deixar de circular? Uma das características da dança de Duboc é que ela dá a sensação de uma fluidez extraordinária: como se nenhuma forma fosse realmente fixa em si mesma, mas nunca deixasse de passar por todos os estados, de sensação em sensação. O corpo-pássaro em Projeto da matéria (Projet de la matière) e o corpo-ar em Bando de pássaros (Vol d’oiseaux), o corpo-onda em Nada é um presságio do estado da água (Rien ne laisse présager de l’état de l’eau) e o corpo quase marionete de O.D.I.L.: trata-se, a cada vez, da experimentação com um estado suficientemente borrado, deliberadamente borrado, para que as bordas se dissolvam, para que os músculos deixem as energias circularem de um corpo ao outro, para que os grupos se componham e se decomponham como se nada fossem. Com que finalidade? Talvez seja, afinal e em primeiro lugar, conquistar o sentimento de uma liberdade absoluta que permita ao ser humano explorar com suavidade e fluidez, todos os estados do ser.

– três boleros – terceira versão (trois boléros – troisième version), 1996, direção de Jean-Michel Plouchard
– Bando de pássaros (Vol d’oiseaux), 1981, gravado em 28 de julho de 1981 na place des Cardeurs em Aix-en-Provence, dentro da programação do Danse à Aix
– Insurreição (Insurrection),1989, gravado internamente na Maison de la Culture de Grenoble
– Projeto da Matéria (Projet de la matière), 1993
– Nada é um presságio do estado da água (Rien ne laisse présager de l’état de l’eau), 2005, gravação de Pascal Paul, Vincent Bidault e Laszlo Horvath
– Na sequência… (À la suite…), 1999, direção de Stéphane Bloch
– trio 03 (2 trechos) trio 03 (2 extraits), 2003, direção de Yves Dalmau
– Para Memória (2 trechos) Pour mémoire (2 extraits), 1993, direção de César Vayssié
– três boleros – primeira versão (trois boléros – première version), 1996, direção de Jean-Michel Plouchard
– O.D.I.L, 2006, direção de Laszlo Horvath

 

Volmir Cordeiro • Panoplies • 2017

Foto: Thibault Montamat Didier Olivré

Há sempre um momento nas peças de Volmir Cordeiro – que, até então e em sua jovem carreira, são sobretudo solos ou quase-solos – em que o figurino adquire todo o seu sentido. Por exemplo, ele dança em uma túnica preta, flutuante, que não esconde nada, ou puxa as meias-calças para baixo e para cima, ou se envolve em tecidos coloridos, ou coloca duas fitas adesivas pretas sobre seus olhos. A que toda essa esta panóplia serve? Sem dúvida para mostrar que o olhar segue códigos – códigos sociais assim como códigos de vestuário – e o que ele busca dançar, com seus membros gigantescos que rasgam e desestabilizam o espaço, é precisamente uma dança que desconstrói os olhares e as normas convencionais.

 – Céu (Ciel) (2012), direção de Margaux Vendassi, 2012

– Inês (2014), direção de Margaux Vendassi, 2014

– Peça Coração (Pièce de Cœur) (2012), coreografia de Volmir Cordeiro e Cristina Moura, direção de Joaquim Pieri, 2012

– Época (Époque) (2015), chorégraphie de Volmir Cordeiro e Marcella Santander Corvalán, direção de Margaux Vendassi, 2015

– Rua (Rue) (2015), direção de Margaux Vendassi, 2015

– O olho, a boca e o resto (L’œil, la bouche et le reste) (2017), direção de Margaux Vendassi, 2017

 

 

Gisèle Vienne • Le Suspens • 2019

Foto: Karen Paulina Biswell

A dança de Gisèle Vienne parece nunca renunciar a contar algo – ainda que não seja fácil dizer exatamente o quê. Talvez nada muito preciso afinal, talvez o sentimento vago de uma história. O que importa sobretudo é a construção de efeitos de suspense e suspensão para dizer que nós (espectadores, humanos) estamos envolvidos em uma narrativa que nos ultrapassa e está sempre sob o risco de nos violentar (assim como faz a prosa sangrenta de Dennis Cooper, colaborador frequente da coreógrafa). Marionetes, patinadora, clubbers: cada um dos personagens de Gisèle Vienne é tomado pelo horizonte de um mundo que os ameaça. Golpes, feridas, morte: é possível ver que o pior, que aliás é quase sempre certo, ele vem, ele chega.

– Na primavera Passada: Um prólogo (Last Spring: A Prequel), 2012, direção de Stéphane Nota
– Idiota (Jerk), 2008, direção de Antoine Parouty
– A Convenção dos Ventríloquos (The Ventriloquists Convention), 2015, direção de Patric Chiha
– Sinto Muito (I apologize), 2004, direção de Patric Chiha
– Showroomdummies 2#, 2001, direção de Stéphane Nota
– É assim que você irá desparecer (This is how you will disappear), 2010, direção de Stéphane Nota
– Musa Eterna (Eternelle Idole), 2009, direção de Stéphane Nota
– Kindertotenlieder, 2007, direção de Patric Chiha
– A tocha (The Pyre), 2013, direção de Stéphane Nota
– Multidão (Crowd), 2017, direção de Caroline Detournay e Paulina Pisarek

 

 

*Em colaboração com o CN D – Centro National de la Danse (França) | Em parceria com o projeto da Terça da Dança e com o CRDança Belo Horizonte.

 

Detalhes

Data: 17 de janeiro de 2023

Horários: terça às 19h

Duração: 1h30

Categoria:

Classificação: 14 anos

Local

Teatro Marília

Av. Prof. Alfredo Balena, 586 - Santa Efigênia
Belo Horizonte, Minas Gerais Brasil
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Telefone: 3277-6319